Data | Versão | Modificação | Autor |
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04/09/2019 | 0.1 | Criação da versão inicial do documento | Fabíola |
04/09/2019 | 0.2 | Atualização de custos e oportunidade de negócio | Fabíola |
Este documento inicia formalmente o projeto do Sistema de Colheita Colaborativa. Nas próximas sessões são detalhados: o que este projeto visa realizar, a oportunidade de negócio identificada, o escopo de atuação, os envolvidos (stakeholders), características de riscos, restrições e de custos, entregáveis, prazos e as ferramentas utilizadas no processo de desenvolvimento. Tais descrições visam elucidar a viabilidade do projeto.
O projeto visa auxiliar no processo de Colheita Colaborativa em áreas urbanas, facilitando a relação entre proprietários de árvores frutíferas, voluntários para colheita e locais que possam receber doações destas frutas, visando então a diminuição do desperdício de comida. Ele é baseado em um sistema já existente, o Saskatoon utilizado pelo coletivo LES FRUITS DÉFENDUS em Montreal.
Este projeto possui como objetivos:
- Auxiliar na diminuição do desperdício de comida
- Aumentar o acesso a comida local
- Facilitar a disseminação de conhecimento de colheita e plantio de árvores frutíferas urbanas
- Facilitar o conhecimento de feiras e troca de conhecimento entre produtores de agricultura familiar e urbana
No texto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU coloca-se a importância da erradicação da pobreza é um grande e importante desafio global para o desenvolvimento sustentável.
Observa-se ainda, no ODS 2 - Fome zero e Agricultura Sustentável a necessidade de: "Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável ". E, no [ODS 11] - Cidades e Comunidades sustentáveis(https://nacoesunidas.org/pos2015/ods11/), "Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis".
Desta forma, uma das possíveis soluções é o fomento da agricultura urbana. A agricultura urbana permite a valorização de espaços limitados permitindo a construção de laços de vida comunitário por meio da produção de alimentos voltados para o autoconsumo, assim também diversificando a dieta de famílias. Desta forma, diminui-se os riscos de insegurança alimentar e nutricional e permite a comunidade desenvolver-se de forma sustentável e autogerida [1][2].
O projeto Saskatoon está inserido neste contexto da agricultura urbana, em Montreal. Embora a agricultura urbana seja também desenvolvida no Brasil, principalmente em áreas com populações socialmente marginalizadas [2], ainda não foi identificado pela equipe um produto que auxilie na gerência de colheita colaborativa ou distribuição de produtos agrícolas destes grupos ou para divulgação de feiras de produção familiar e troca de conhecimentos sobre plantio e colheita.
A plataforma que será desenvolvida será uma aplicação web responsiva, permitindo o uso assim em computadores e celulares que facilitará as colheitas, por meio de calendários com cadastro de plantios e datas de realização de colheita, bem como o registro de voluntários e seu gerenciamento, por meio de um responsável da colheita. Deve ainda permitir visualizações que sejam adequadas ao uso de coletivos e também facilitar a troca de conhecimento sobre agricultura urbana e a construção de comunidade em relação a tal atividade.
A equipe é compostas por alunos da disciplina de Métodos de Desenvolvimento de Software (MDS) e Engenharia de Produto de Software (EPS) responsáveis por diferentes papéis, sendo os membros de MDS alocados em papéis de desenvolvimento e os estudantes de EPS em papéis de gerência descritos a seguir em tabela.
Papel | Responsabilidade | Estudante |
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Desenvolvedor | O desenvolvedor tem como papel desenvolver, testar, garantir a qualidade e entrega do produto | Hugo Sobral de Lima Salomão, Durval Carvalho de Souza, João Pedro Silva de Carvalho, Leonardo da Silva Gomes, Renato Britto Araújo |
DevOps | Responsável pela configuração dos diferentes ambiente necessários do projetos tais como de desenvolvimento, de homologação e de produção, assim como automatização de testes, integração e deploy e entrega contínua. | Vitor Cardoso Xoteslem |
Arquiteto de Software | No contexto da disciplina, atuará de maneira a analisar se a arquitetura de microserviços é viável para o projeto e dará suporte para as atividades do DevOps. | Shayane Marques Alcântara |
Scrum Master | É um facilitador da equipe, responsável por retirar possíveis impedimentos que possam comprometer o andamento do projeto. | Martha Dantas Silva |
Product Owner | Responsável por passar a visão do produto para a equipe, assim como priorizar a ordem de desenvolvimento do sistema de acordo com as necessidades elicitadas. | Fabíola Malta Fleury |
Além destes, existem outros envolvidos:
- Consultor de visão de produto: O mantenedor do projeto Saskatoon, Tiago Vaz, está familiarizado com o seu contexto e seus funcionários e está disponível para auxiliar no desenvolvimento do projeto, embora não possa participar presencialmente
- Professora: Possui como objetivo auxiliar o desenvolvimento do projeto para que os estudantes conheçam e pratiquem definições necessárias para o cumprimento do plano de ensino das disciplinas.
Nome | Descrição |
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Agricultores urbanos | Donos de plantações que disponibilizarão seu plantio para que seja realizada a colheita. |
Voluntários de colheita | Pessoas que disponibilizam ao menos duas horas para realizar a colheita. |
Líderes de colheita | Pessoas que já possuem experiência na colheita, são responsáveis pela escolha dos voluntários e trabalham em conjunto com eles. |
Beneficiários | Entidades que recebem a parcela da comida como doação |
O processo do desenvolvimento deste projeto é baseado nas metodologias ágeis do Lean, Scrum e XP (eXtreme Programming). São utilizadas conforme o contexto da disciplina, com espaço para adaptações à necessidades da equipe.
O projeto terá uma duração de um total de 16 sprints. A primeira sprint teve inicio no dia 13 de Agosto de 2019, de maneira que a última sprint será iniciada no dia 25 de novembro de 2019, totalizando 4 meses de duração de projeto. Durante esse período, haverão duas datas de entregas importantes, sendo elas denominadas releases. Uma ocorrerá na Sprint 7, que inicia-se dia 30 de setembro, enquanto outra ocorrerá na Sprint 16, a partir do dia 25 de novembro.
O custo do projeto foi calculado utilizando os seguintes valores, em reais:
Nome | Custo | Quantidade | Custo Mensal | Custo Total |
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Desenvolvedores Júnior | 3500 | 6 | 21.000 | 84.000 |
Engenheiros de Produto | 6500 | 4 | 26.000 | 104.000 |
ΔRisco | 5.000 | - | 5.000 | 20.000 |
174.000 |
Os valores para os salários foram obtidos a partir de salários de pessoas que exercem cargos semelhantes em Brasília. O custo do risco é equivalente ao salário médio da equipe. Leva-se consideração ainda, além do custo, uma margem de lucro de 10%, totalizando então em R$191.400,00 o custo do projeto.
Para comunicação interna da equipe são utilizados: o aplicativo Telegram, discord, aulas e reuniões presenciais.
Para comunicação com outros envolvidos são utilizados e-mails, o github e telegram.
[1] ALMEIDA, Daniela. Agricultura urbana e segurança alimentar em Belo Horizonte: cultivando uma cidade sustentável. Revista Agriculturas: experiencias em agroecologia., v. 1, p. 25-28, 2004.
[2] AQUINO, Adriana María de; ASSIS, Renato Linhares de. Agricultura orgânica em áreas urbanas e periurbanas com base na agroecologia. Ambiente & sociedade, v. 10, n. 1, p. 137-150, 2007.